Redes de fast food declaram guerra contra comida de rua em São Paulo

Empresários como Robinson Shiba, presidente do grupo que reúne as marcas China in Box e Gendai, cobram fiscalização caso o projeto seja aprovado. E prometem entrar na briga.

 

Empresários e associações do setor de bares e restaurantes e também grandes redes de franquias se armam para acompanhar de forma crítica a regulamentação da comida de rua em barracas, carrinhos de mão e veículos na cidade de São Paulo, que agora segue para sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

AlexAtala

 

DIVULGAÇÃO
Projeto teve impulso com o sucesso das feiras gastronômicas na cidade, das quais participam chefs como Alex Atala, do renomado D.O.M e que defende a comida democrática na rua.

Há receio de como o projeto, caso sancionado pelo prefeito, será executado. Os empresários cobram fiscalização rígida sobre questões como higiene e qualidade dos alimentos, que também esbarram em locais permitidos, pagamento impostos e em uma potencial concorrência desleal.

Robinson Shiba, presidente do Grupo Trendfoods, que reúne as marcas Gendai e China in Box, é um deles. Ele conta que vem acompanhando de perto o trâmite do projeto na Prefeitura, e é enfático. “Se for para fazer, tem que ser direito.”

O empresário explica que os food trucks (carros que vendem alimentos) nos Estados Unidos têm geladeira, gerador de energia, preparação para receber descartes (lixo e esgoto), ventilação e acomodação correta dos alimentos e funcionários. “Não é apenas uma caixa com gelo.”